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segunda-feira, 31 de março de 2008

NO BAIRRO ALTO, ACIDENTE ASSUSTA MORADORES


O motociclista foi atendido ainda no local e levado para o Hospital Cajuru


Quem passava pelas imediações do cruzamento entre as ruas Alberico Flores Bueno e Rio Guaporé, por volta das 18:40 do último dia 28, possivelmente se assustou ao ver um corpo estendido na calçada.
Uma colisão entre uma motocicleta vermelha modelo Twister - placa de Quatro Barras - e uma camioneta pick-up Corsa ST cinza deixou ferido o motociclista Marcelo Andrade da Silva, 28 anos.
Tão pronto à batida, os ocupantes do carro, guiado por Osório Santos, acionaram o Corpo de Bombeiros, para o socorro ao condutor da moto, que estava estirado no chão.
No entanto, somente 35 minutos após o primeiro chamado, a viatura do SIATE chegou. “Esse SIATE é uma vergonha mesmo”, reclamava um morador, vizinho ao local do choque entre os veículos.
De acordo com um dos socorristas da ambulância, a demora se deveu ao atendimento a um outro acidente também registrado na região. “A viatura responsável pela cobertura do bairro estava cobrindo uma outra ocorrência, por isso o atraso”.
O motociclista sofreu contusões nos punhos e tornozelos, além de escoriações pelo corpo. “E não avisa pra minha família, tá? Não quero assustar ninguém”, comentou, antes de ser encaminhado para o Hospital Cajuru.

terça-feira, 25 de março de 2008

PINHAIS SE FORTALECE COMO MUNICÍPIO

Desenvolvimento da cidade acompanha ao crescimento de sua população


O município de Pinhais completou, no último dia 20/03, 16 anos de emancipação política. Nesse curto período de consolidação econômica, social e administrativa, a cidade se desenvolveu. Antigo distrito de Piraquara, hoje Pinhais concentra importantes centros de atividade industrial, prestadores de serviço dos três setores econômicos, e ainda atrai grande número de migrantes.
De acordo com a contagem oficial realizada em 2007 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município – menor em área territorial no Paraná - possui população aproximada a 112.038 habitantes. Apesar do elevado índice populacional, somente 50% da área total de Pinhais é urbanizada. A outra metade corresponde a vazios demográficos, nos quais não existe povoamento. Com isso, a população pinhaense concentra-se maciçamente nas áreas urbanas do município – o que reflete a alta densidade demográfica nessas regiões da cidade.
Para Daniele Nauck Baduy, diretora do Departamento de Desenvolvimento Urbano (repartição da Secretaria Municipal de Planejamento), o considerável número de habitantes em Pinhais é reflexo do incremento populacional registrado entre 1980 e 1990. “A cidade passou a ser mais povoada graças ao desenvolvimento urbano da região”, explica.
O crescimento do município, de fato, acompanhou o aumento gradativo da população. “Quando eu vim morar aqui, as ruas eram todas esburacadas e mal tinha ônibus”, recorda Marliza Rodrigues. Ela, professora da rede municipal de ensino, mudou-se para Pinhais há 15 anos, junto com sua família. Na época, o comércio era pouco desenvolvido, assim como a rede de transporte coletivo.
“Mudou muita coisa. Esse terminal sequer existia”. As lembranças são de Jandira Iurkiv, proprietária de uma das maiores lojas do Terminal Rodoviário de Pinhais. Há sete anos, ela abriu seu magazine de roupas no local e não se arrepende. “Todos os dias, muita gente passa pelo terminal e a maioria vive aqui mesmo na cidade”, comenta a lojista.


Avenida Camilo de Lellis: centro de concentração do comércio de Pinhais


A população movimenta o comércio, que se estende pelas principais avenidas da cidade – Camilo de Lellis ou Iraí, por exemplo. Ao contrário de tempos passados – quando Pinhais atraía exclusivamente indústrias -, o atual perfil econômico é voltado para os serviços de segundo e terceiro setores. Produção industrial e comércio varejista fazem do município a 12ª economia do Paraná. Além disso, em Pinhais registra-se o maior índice de empregabilidade do estado.
O mobiliário urbano bem como outros aparatos municipais atingem à maioria da população. Porém, a estrutura pública não se mostra suficiente para comportar todos os habitantes – vide os vários casos de lotação em unidades de saúde.
“O ideal é uma utopia. Ainda sofremos com deficiências, mas a cidade está acompanhando as necessidades da população”, argumenta Baduy. Para ela, ainda que haja falhas e limitações no sistema, Pinhais consegue atender a seus muitos moradores.

sábado, 22 de março de 2008

MAIS DO FESTIVAL




Os romances realistas de Machado de Assis primam pela vitalícia contemporaneidade. Helena, obra de 1876, consegue responder a questões da sociedade moderna, em uma teia de articulações e relações humanas vividas há mais de um século.
O conflito do incesto, retratado no enredo, abala os paradigmas sociais e familiares da época, mas também consegue fomentar análises e reflexões atuais.
Cultuando os cem anos da morte de Machado de Assis, o Teatro Marina Machado reverencia o autor com Helena, espetáculo baseado no romance.

HELENA
Local: Teatro Marina Machado
Rua Amintas de Barros, 549
Dias 21, 22, 23, 27, 28, 29 e 30, às 21 h

DA FONTE À PROVIDÊNCIA


Quando mais nova, fui matriculada no antigo e tradicional Colégio da Divina Providência, no Ahú de Baixo. O ano era 1996. Eu, então com 10 anos, estava a cursar a 5ª série.
A nova escola revelava para mim,
uma aluna recém transferida de uma escolinha bairrista perdida nas entranhas do Boa Vista, uma realidade curiosa a cada dia.
Dali, o que mais impressionava eram as particularidades do espaço físico. O Divina Providência quedava onde, nos anos 40 e 50, funcionava o famoso Cassino do Ahú,
a todo fervor e glamour. Em 1952, as irmãs da congregação que dava nome ao colégio compraram o terreno e os imóveis da luxuosa casa de jogos. E instalaram, além da nova sede da instituição de ensino, o lar provincial das freirinhas, chamado de provincialado.
De herança do cassino, restaram, além do pomposo salão e da casa de orações, as instalações de uma piscina olímpica. Nos corredores do colégio, rondavam lendas de que muitos apostadores, após derrotas e falências nos jogos de azar, ali tentaram suicídio. Alguns teriam obtido êxito! Mas, em 1996, a piscina já não mais impelia (tanto!) medo ao imaginário das criancinhas divinenses: estava vazia e desativada havia mais de 15 anos.

A minha curiosidade, porém, era deveras instigada por um outro lugar do colégio. Tratava-se de uma espécie de manancial coletivo; era cercado por uma mui antiga construção com altas janelas, adornada por azulejos em sua face externa, que formavam um grande painel com a imagem de dois índios bebendo água de uma nascente. De dentro daquela estrutura, saía uma tubulação que, por fim, desembocava em uma bica que jorrava água pura e cristalina.
Durante incontáveis recreios junto à bica, meus pensamentos corriam longe. "Teriam índios também bebido da fonte da Divina Providência"?
As dúvidas da infância só foram, em parte, respondidas quando, alguns anos mais tarde, tive acesso ao 17º fascículo da "Coleção Bairros de Curitiba", de autoria do viajante das entranhas curitibanas, o Urbenauta Eduardo Fenianos.
Em tempo: o título do tal volume? Ahú e São Lourenço: Da Fonte a Providência. Vale a leitura. E digo: não apenas aos ex-freqüentadores do cassino, antigos alunos do Divina ou irmãzinhas do provincialado.

ENQUANTO ISSO, NO FESTIVAL DE CURITIBA...


Uma boa sugestão para quem estiver na dúvida sobre a qual peça assistir neste festival é o humorístico "Santa Comédia", da Ethos Cia de Teatro, em cartaz no Bar Santa Marta.

Com um texto leve, os curitibanos Fábio Lins, Marco Zenni e Léo Lins apresentam um espetáculo nos moldes das comédias 'stand up', sem uso de cenografia, caracterizações ou adereços. Para prender a atenção da platéia, apenas o enredo (hilário, por sinal) e as excelentes atuações do trio que, a cada noite, recebe um convidado.






SANTA COMÉDIA



Local: Bar Santa Marta
Rua Bispo Dom José, 2030
Dias 23, 25 e 26 às 20h; 24 às 21h e 30 às 18h e às 20h


quarta-feira, 19 de março de 2008

AGENDA

Eis os imperdíveis dos próximos dias!


FESTIVAL DE CURITIBA

Começa amanhã (20) o 17º Festival de Curitiba – tido como o maior evento do teatro nacional. Durante os 10 dias de programação, mais de 260 espetáculos estarão em cartaz, nos 40 locais de apresentação espalhados pela cidade.
Apesar dos preços abusivos, boa parte dos ingressos da chamada Mostra Contemporânea – que reúne as 21 principais peças do fringe - já foi vendida. Os postos de venda das entradas estão concentrados no Park Shopping Barigüi.

Vale assistir:

Vestido de Noiva - Direção: Rodolfo García Vásquez
Dias 23 e 24 de março, às 20h30
Guairinha - R$30 e R$15 (meia)

Salmo 91 - Direção: Gabriel Villela
Dias 20 e 30 de março, às 20h30
Guairinha - R$30 e R$15 (meia)



MOSTRA
O CINEMA TRANSGRESSOR DE ALMODÓVAR
Local: Espaço Cultural Cinevídeo
Rua Padre Anchieta, 458
De 24 a 28, às 15h e às 19h
Entrada franca

A mostra, organizada pelo Cinevídeo, apresentará os grandes sucessos de Pedro Almodóvar, renomado diretor espanhol, conhecido pela sensibilidade ao abordar temas polêmicos.
Tudo Sobre Minha Mãe - filme que será exibido no dia 25 - é um daqueles clássicos brilhantes do cinema mundial. Não à toa, a película levou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1999.
A trama gira em torno da história de Manuela - uma mãe que vê sua vida transformada após a morte de seu único filho, Estebán. Os filmes de Almodóvar tratam de temas conflituantes, como a sexualidade, de maneira envolvente e, de certa forma, psicanalítica e transgressora.
Na mostra, ainda, serão exibidos A Lei do Desejo (1987), Fale com Ela (2002), Má Educação (2004) e Volver (2006).