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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O DIA EM QUE CURITIBA TREMEU

Livro relembra a explosão do caminhão de dinamite



Uma tragédia que muitos curitibanos não conhecem. Uma história, no mínimo, explosiva. O dia era dois de setembro de 1976. Um caminhão que transportava dinamite explodiu em Curitiba. Da explosão, eclodiram prejuízos, feridos e mortos nas redondezas dos bairros Cabral, Juvevê e Ahú.

Depois de mais de três décadas em quase esquecimento, a detonação da dinamite e a narrativa de seus envolvidos estão agora retratados em Dinamite – Uma tragédia em Curitiba, livro-reportagem da jornalista Anna Carolina Azevedo. A obra acaba de ser editada e publicada pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (SEEC/PR) e será lançada no próximo dia 19 de agosto, nas Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil).

A ideia de Dinamite – Uma tragédia em Curitiba surgiu em 2007, quando Anna Carolina ouviu, por acaso, uma conversa cujo assunto era um tal de “o dia do cogumelo”. O tema instigou a autora que, a partir de então, passou a pesquisar a respeito da explosão. A apuração sobre a tragédia curitibana resultou em um projeto de livro-reportagem, defendido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Comunicação Social - Jornalismo, em 2008.

“O resultado obtido por Anna Carolina é muito satisfatório porque seu trabalho se funda em uma apuração muito rigorosa, utilizando métodos investigativos e literários raros nos dias atuais. Além disso, consegue construir um retrato rico da cidade de Curitiba à época da explosão”, afirma Maura Oliveira Martins, coordenadora do curso de Jornalismo da UniBrasil e orientadora do TCC.

Anna Carolina comenta que o objetivo da publicação é o de rememorar um episódio importante para a cidade, mas que estava relegado à lembrança de uma geração passada. “A explosão sensibilizou a população décadas atrás. No entanto, a maioria das pessoas hoje aqui residentes não tem referências mínimas sobre ela ou mesmo a desconhecem”, explica.

Para noticiar a tragédia, a autora narrou a sequência dos fatos que culminariam na explosão, esboçando um retrato do que aconteceu antes e após o caminhão ter se esvaído pelos ares e daquilo que as pessoas estavam fazendo na hora do acidente. Toda a narrativa está descrita sob o pano de fundo do contexto histórico-social da Curitiba de meados da década de 70.

A partir da pesquisa – a qual se desdobrou das consultas aos jornais da época às andanças pelas ruas -, foi possível esboçar o retrato de um dos principais eventos trágicos ocorridos na cidade. As descobertas resultaram em uma produção jornalística que apresenta ao público-leitor um panorama do que ocorreu naquela (não tão) distante tarde de quinta-feira de 76. O dia em que Curitiba tremeu.


Palestra
Além de fazer uma abordagem sobre o livro, a jornalista falará também sobre as processualidades que envolveram concepção, produção e viabilização de um projeto que obteve resultados para além do âmbito acadêmico. “Acredito na importância desse tipo de relato aos alunos que estão produzindo seus projetos experimentais, pois reflete etapas pelas quais todos passam quando da elaboração de um TCC”, completa Maura.

Dinamite – Uma tragédia em Curitiba estará à venda na ocasião do lançamento.






















A jornalista Anna Carolina Azevedo, 24, lançará seu livro na UniBrasil.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

DETENTAS DE PIRAQUARA COSTURAM A LIBERDADE



Tecidos apreendidos pela Receita Federal. Máquinas doadas. Fios de costura. E a perspectiva de um futuro mais digno. Assim, entre retalhos e esperança, um grupo de detentas da Penitenciária Feminina do Paraná costurou a liberdade para sonhar.

Capacitação profissional e inclusão social. Esses foram os objetivos do “Costurando a Liberdade”, um projeto que, durante 10 meses, transformou a penitenciária em um ateliê de alta costura. Uma parceria entre o Programa de Voluntariado do Paraná (Provopar) e a grife Gianni Cocchieri.

Ontem (7) o dia foi de ansiedade. De celebração. De reconhecimento. O Museu Oscar Niemayer abriu espaço para o desfile dos 45 looks confeccionados pelas detentas, sob a orientação dos profissionais da Gianni Cocchieri. Amarelos e roxos e verdes da esperança. Vestidos costurados um a um, por mãos que um dia se renderam a algemas.

Os convidados ao desfile puderam acompanhar de perto o resultado das lições de moda e de vida. A platéia aplaudiu efusiva em torno da passarela. As detentas, de dentro do presídio e acompanhando a transmissão simultânea, aplaudiram às voltas de lágrimas e sorrisos orgulhosos.

Com ensinamentos sobre um mundo, até então, distante, as mulheres de Piraquara se permitiram vislumbrar. Criar. Sorrir. E, hoje, estão capacitadas a costurar vestidos de alta costura e a deixar o obscuro passado para trás.

JORNALISMO MAIÚSCULO



Em celebração ao Dia do Jornalista, comemorado em 7 de abril, o PERIÓDICAS publica um texto de uma das mais brilhantes dessas profissionais.


Eliane Brum, repórter especial da Revista Época, mostra que, mais do que por fatos ou cenários, as histórias são feitas por pessoas. A jornalista se debruça no esmiuçar das tragédias e comédias de Zés e Marias, ofuscados pela sombra da mediocridade dos que reconhecem apenas as figuras notáveis como pautas relevantes.

A cada retrato de personagem esboçado, Eliane revela, em sutileza, que as vidas comuns, singulares em suas diferenças e extraordinárias mesmo em anonimato, são, sim, surpreendentes. "A vida que ninguém vê" pode ser mais colorida do que os fatos acinzentados narrados no dia-a-dia do jornalismo das notícias passageiras.

Ao desvendar a grandiosidade do ser humano em matérias de jornal, Eliane Brum dá a certeza de que um jornalismo mais humano é possível.

Boa leitura!

EVA CONTRA AS ALMAS DEFORMADAS

(...) Eva ingressou na universidade, mas não podia pagar. Por duas vezes lhe negaram o crédito educativo. Pediu transferência para uma mais barata. Eva sonhava em ser educadora. Queria ensinar como se podia escrever com as mãos em chagas. E fazer das mãos retorcidas asas. Mas muitas eram as almas disformes que se colocariam entre Eva e o mundo. A luta estava recém no começo e provavelmente não terá fim.

Ela ouviu e ouviu. Como vai escrever no quadro-negro tremendo desse jeito? Como vai ensinar com uma letra tão feia? Não vê que só vai incomodar? Não entende que entre você e uma menina normal vão escolher a normal? O que você quer? Vai passar a vida olhando para um diploma na parede? Eva ouviu tudo isso de uma educadora. Eva ouviu tudo isso na faculdade. Apenas para comprovar que a ignorância está onde menos se espera. Eva, a deficiente física, respondeu à deficiente de alma:

- Em primeiro lugar, eu não vou desistir. Em segundo, a vida é um risco. Não só para mim. Mas para todo mundo.

Eva demorou a descobrir por que sua tremedeira ameaçava tanto aqueles seres impávidos. Qual era a ofensa de sua fragilidade. Foi vilipendiada de todas as formas conhecidas e outras inventadas só para ela. Primeiro, impediram que fizesse estágio. Depois, só poderia fazê-lo numa escola de deficientes. Em seguida, decidiram que tinha de ser durante o dia porque sabiam que nesse horário ela trabalhava para pagar as contas. Por fim, como Eva não desistisse, desistiram eles de a impedir.

Quando o nome de Eva foi pronunciado na formatura, todos levantaram, gritaram, aplaudiram. Eva não ouviu. Todos os seus sentidos estavam concentrados em não cair. Atravessar aquele palco sem tropeçar era a metáfora de sua vida. Eva não cairia. Não ali. E Eva não caiu. (...)

* Matéria originalmente publicada em 14 de agosto de 1999
no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e reproduzida em
A Vida que Ninguém Vê (Eliane Brum, 2006)

- vencedor do Prêmio Jabuti de 2007 na categoria "Melhor Livro de Reportagem".

quarta-feira, 11 de março de 2009

CÂMARA MUNICIPAL HOMENAGEIA MULHERES DE CURITIBA

Sessão solene marca o Dia Internacional da Mulher



Na noite da última segunda-feira (9), a bancada feminina da Câmara Municipal de Curitiba, composta pelas vereadoras Julieta Reis, Professora Josete, Noemia Rocha, Renata Bueno, Dona Lourdes e Mara Lima, prestou tributo às mulheres que se destacaram em suas áreas de atuação na cidade. Ao todo, 30 nomes foram homenageados na sessão solene, que se realizou no plenário do Palácio Rio Branco.
A vereadora Professora Josete (PT) ressaltou o papel social igualitário assumido pela mulher enquanto sujeito político no desenvolvimento sócio-econômico. Além disso, Josete lembrou a história da celebração do Dia Internacional da Mulher e apresentou números sobre a violência doméstica.

O dia 8 de março

Em 8 de março de 1857, mulheres operárias paralisaram as atividades de uma fábrica de tecidos de Nova York para reivindicar melhores condições de trabalho. Nas exigências, estavam a redução de horas de serviço na carga diária e a equiparação de salários com os dos homens, além de tratamento digno diante das tarefas por elas realizadas.
A manifestação, porém, foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas.
Somente em 1975, o dia 8 de março passou a ser comemorado oficialmente pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher.

Elzira Cocchieri

Dentre os nomes agraciados na solenidade da câmara, estava o da empresária Elzira Cocchieri, 71, indicada para a homenagem pela vereadora Julieta Reis, do Democratas.
Com muita garra, talento e determinação, Elzira sempre trabalhou para o prestígio da marca Gianni Cocchieri – empresa que fundou há 25 anos. Profissional de habilidade e de vigor, contribui de maneira marcante para o ramo da moda paranaense. Sua grife é aclamada entre os profissionais da alta costura e reconhecida pela qualidade de seus produtos, além se ser vestuário certo nos principais eventos sociais de Curitiba.
Atualmente, Elzira e sua empresa promovem um projeto social na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, Região Metropolitana. Um grupo de detentas tem recebido aulas de costura, ministradas por profissionais da Gianni Cocchieri. Graças a essas novas lições de moda e de vida, as mulheres de Piraquara já podem traçar perspectivas para um futuro mais próspero.

segunda-feira, 31 de março de 2008

NO BAIRRO ALTO, ACIDENTE ASSUSTA MORADORES


O motociclista foi atendido ainda no local e levado para o Hospital Cajuru


Quem passava pelas imediações do cruzamento entre as ruas Alberico Flores Bueno e Rio Guaporé, por volta das 18:40 do último dia 28, possivelmente se assustou ao ver um corpo estendido na calçada.
Uma colisão entre uma motocicleta vermelha modelo Twister - placa de Quatro Barras - e uma camioneta pick-up Corsa ST cinza deixou ferido o motociclista Marcelo Andrade da Silva, 28 anos.
Tão pronto à batida, os ocupantes do carro, guiado por Osório Santos, acionaram o Corpo de Bombeiros, para o socorro ao condutor da moto, que estava estirado no chão.
No entanto, somente 35 minutos após o primeiro chamado, a viatura do SIATE chegou. “Esse SIATE é uma vergonha mesmo”, reclamava um morador, vizinho ao local do choque entre os veículos.
De acordo com um dos socorristas da ambulância, a demora se deveu ao atendimento a um outro acidente também registrado na região. “A viatura responsável pela cobertura do bairro estava cobrindo uma outra ocorrência, por isso o atraso”.
O motociclista sofreu contusões nos punhos e tornozelos, além de escoriações pelo corpo. “E não avisa pra minha família, tá? Não quero assustar ninguém”, comentou, antes de ser encaminhado para o Hospital Cajuru.

terça-feira, 25 de março de 2008

PINHAIS SE FORTALECE COMO MUNICÍPIO

Desenvolvimento da cidade acompanha ao crescimento de sua população


O município de Pinhais completou, no último dia 20/03, 16 anos de emancipação política. Nesse curto período de consolidação econômica, social e administrativa, a cidade se desenvolveu. Antigo distrito de Piraquara, hoje Pinhais concentra importantes centros de atividade industrial, prestadores de serviço dos três setores econômicos, e ainda atrai grande número de migrantes.
De acordo com a contagem oficial realizada em 2007 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município – menor em área territorial no Paraná - possui população aproximada a 112.038 habitantes. Apesar do elevado índice populacional, somente 50% da área total de Pinhais é urbanizada. A outra metade corresponde a vazios demográficos, nos quais não existe povoamento. Com isso, a população pinhaense concentra-se maciçamente nas áreas urbanas do município – o que reflete a alta densidade demográfica nessas regiões da cidade.
Para Daniele Nauck Baduy, diretora do Departamento de Desenvolvimento Urbano (repartição da Secretaria Municipal de Planejamento), o considerável número de habitantes em Pinhais é reflexo do incremento populacional registrado entre 1980 e 1990. “A cidade passou a ser mais povoada graças ao desenvolvimento urbano da região”, explica.
O crescimento do município, de fato, acompanhou o aumento gradativo da população. “Quando eu vim morar aqui, as ruas eram todas esburacadas e mal tinha ônibus”, recorda Marliza Rodrigues. Ela, professora da rede municipal de ensino, mudou-se para Pinhais há 15 anos, junto com sua família. Na época, o comércio era pouco desenvolvido, assim como a rede de transporte coletivo.
“Mudou muita coisa. Esse terminal sequer existia”. As lembranças são de Jandira Iurkiv, proprietária de uma das maiores lojas do Terminal Rodoviário de Pinhais. Há sete anos, ela abriu seu magazine de roupas no local e não se arrepende. “Todos os dias, muita gente passa pelo terminal e a maioria vive aqui mesmo na cidade”, comenta a lojista.


Avenida Camilo de Lellis: centro de concentração do comércio de Pinhais


A população movimenta o comércio, que se estende pelas principais avenidas da cidade – Camilo de Lellis ou Iraí, por exemplo. Ao contrário de tempos passados – quando Pinhais atraía exclusivamente indústrias -, o atual perfil econômico é voltado para os serviços de segundo e terceiro setores. Produção industrial e comércio varejista fazem do município a 12ª economia do Paraná. Além disso, em Pinhais registra-se o maior índice de empregabilidade do estado.
O mobiliário urbano bem como outros aparatos municipais atingem à maioria da população. Porém, a estrutura pública não se mostra suficiente para comportar todos os habitantes – vide os vários casos de lotação em unidades de saúde.
“O ideal é uma utopia. Ainda sofremos com deficiências, mas a cidade está acompanhando as necessidades da população”, argumenta Baduy. Para ela, ainda que haja falhas e limitações no sistema, Pinhais consegue atender a seus muitos moradores.

quarta-feira, 19 de março de 2008

A UNIÃO NÃO FEZ A FORÇA

Acidente em marmoraria mata carregador e deixa outro gravemente ferido


Na manhã do último sábado, 15, Aristeu Ferreira Camargo e Sebastião Cesário Marinho prestavam serviços terceirizados em uma marmoraria, localizada no Jardim Pedro Demeterco, município de Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Os dois operários cumpriam mais um dia rotineiro de serviço, fazendo o carregamento de placas de mármore em um caminhão.
Por volta das 9h daquele dia, Aristeu e Sebastião posicionavam uma das placas que seriam içadas pelo guincho do qual o veículo de cargas dispunha. Quando todo o mármore foi suspenso no cabo, para, assim, ser erguido até a carroceria do caminhão, o guincho utilizado desprendeu-se, tombando para o lado.
As 20 placas que estavam sendo içadas imediatamente ficaram soltas e caíram sobre os dois operários, prensando-os. Estima-se que cada uma das placas pesava 200 quilos. Tamanho peso foi fatal para Aristeu, que morreu na hora, esmagado entre o caminhão e uma parede. Já Sebastião foi encaminhado para o Hospital Cajuru, em Curitiba, com ferimentos gravíssimos (afundamentos no tórax e crânio), sob risco de morte. Ele permanece internado.
De acordo com os manuais das comissões internas de prevenção de acidentes (Cipas), instituídos em grandes empresas, o acidente de trabalho caracteriza-se pelo exercício de tarefas a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte e perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para a função.

quarta-feira, 12 de março de 2008

CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

Programa de O Boticário incentiva devolução de embalagens para reciclagem


Cada vez mais, empresas de diversos ramos e setores aderem a práticas sócio-ambientais corretas, com o intuito de promover a conscientização da sociedade em prol do meio ambiente. O Boticário é uma dessas instituições que, de longa data, adota uma política de gestão ambiental para aplicá-la, não apenas entre seus funcionários, mas também entre seus consumidores, prestadores de serviço e colaboradores.
A preservação ecológica e o estímulo à bioconsciência dos seus próximos são preocupações já de outrora da empresa paranaense. Movido por essas razões, em 1990, O Boticário se tornou um dos pioneiros no aspecto de adoção de políticas voltadas ao compromisso social com a natureza e, assim, formou a Fundação O Boticário.
Desde então, a empresa, em parceria com sua fundação, tem desenvolvido diversas ações com o objetivo de estimular a responsabilidade sócio-ambiental entre seu público e afins.
Dessa preocupação da instituição com a questão, sobretudo, da reciclagem em potencial de suas embalagens, surgiu, em 2005, um programa que tem como mote buscar soluções para o reaproveitamento dos resíduos de seus produtos.
O Programa BioConsciência faz com que cada loja O Boticário se torne um canal entre empresa e consumidor, afim de estimular a prática ambiental individual, evitando a degradação da natureza e o desperdício de seus recursos. A idéia central da iniciativa baseia-se no fato de que as embalagens dos produtos da empresa podem ser devolvidas após o uso, facilitando, assim, o reaproveitamento das mesmas para diversos outros fins. Além da reciclagem, o programa tem como objetivo substancial a promoção e o despertar da consciência ecológica de seus consumidores.
“Esse programa d’O Boticário serve como uma ferramenta conscientizadora de educação ao consumidor, que contribui para a prática e discussão das questões ambientais na sociedade”, afirma Marcos Baptistucce, gerente de saúde, segurança e meio ambiente da instituição.
Para contribuir, basta que o consumidor separe as embalagens dos produtos da empresa (perfumes, cremes e qualquer outro da linha estética) após o uso e as leve na loja O Boticário mais próxima.
É necessário expor que não existe qualquer outro estímulo dado pelo O Boticário pela devolução dos resíduos a não ser a própria promoção da cidadania. “Não queríamos que o nosso consumidor fosse movido apenas pela troca financeira ou por descontos, mas sim pela oportunidade de contribuir com a preservação do meio ambiente”, expõe ainda Baptistucce.
A empresa, presente no mercado de perfumaria e cosméticos há mais de 29 anos, através de seus programas bio-responsáveis, promove a consciência ambiental de seus consumidores, além de despertar a preocupação com a natureza e seu manejo sustentável.

terça-feira, 11 de março de 2008

ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE. E OS JUNTE OUTRA VEZ

Marido morre 22 dias após a esposa. Eles sofriam de problemas de saúde.


A fachada do número 56 da Rua Mercedes Seiler Rocha nunca esteve tão sombria. A casa branca, de beirais e portas cinza, que até pouco tempo fora cenário de felicidade, agora está fechada e vazia. Ali, na divisa entre Bairro Alto e Bacacheri, ficava o lar oficial da família Marafon, onde o casal Flavio e Neusa morava há mais de 30 anos.
Flavio Riel Marafon, 55 anos, era velho conhecido de toda vizinhança. Não apenas pela cordialidade e gentileza, mas também pelos caprichosos serviços gerais de pedreiro que prestava. Naquela rua, várias foram as reformas feitas por Flavio que, não raro, também atuava como encanador e eletricista.
Neusa Marafon, 56 anos, era, assim como o marido, uma pessoa muito bem quista pelos vizinhos. A prendada dona de casa, além de cuidar das tarefas domésticas, também se prestava a ajudar a Associação Beneficente São Roque, onde trabalhava nos bazares, promovidos pela Escola de Educação Especial Menino Jesus.
Os dois, depois de criarem suas duas filhas, Daniele e Tatiana, viviam, agora, para cuidarem um do outro. E, realmente precisavam de cuidados. Neusa lutava contra o diabetes. O mal, aliado à obesidade, lhe rendeu, além de problemas circulatórios (como varizes – algumas já trombosadas), sérias complicações renais. Ela era submetida a sessões de hemodiálise semanais e sua saúde era, deveras, frágil.
Flavio, um homem aparentemente forte e saudável, não apenas preocupava-se com a sua esposa, mas, ultimamente, também consigo mesmo. As dores de cabeça – que os médicos sempre diagnosticaram como um sintoma de sinusite - foram identificadas, há um ano e meio, como um alarme muito mais preocupante: ele possuía dois tumores cerebrais.
Na batalha pela vida, diversas foram as internações de ambos. Há dois meses, o casal Marafon se mudara para a casa dos pais de Flavio, devido à instabilidade provocada por suas respectivas doenças. A filha mais nova, Tatiana - que ainda morava com Flavio e Neusa -, foi passar uma temporada na casa do namorado, enquanto Daniele, a filha mais velha, acompanhava a angústia dos pais à distância – ela vive em Ponta Grossa desde que se casou.
No início de fevereiro, no entanto, apesar de todos os cuidados dispensados, o quadro clínico de Neusa se agravou. Depois de ter sido internada às pressas, ela acabou não resistindo e, no dia 12/02, faleceu por falência múltipla dos órgãos.
A tristeza se abateu sobre a família e sobre todos os conhecidos do casal. Mas, sobretudo, em Flavio que, agora, estava sozinho. Apenas 22 dias após a morte de sua esposa, os tumores foram implacáveis. E depois de uma intervenção clínica também às pressas, Flavio não resistiu e morreu no último dia 06/03, devido ao câncer cerebral.
As mortes de Neusa e Flavio não conseguiram afastar o casal por muito tempo. Depois de uma vida inteira de cumplicidade e de 3 semanas de separação, hoje os dois descansam em paz juntos, no Cemitério Paroquial do Abranches, onde foram sepultados. O sempre unido casal deixou filhas, familiares e amigos.